segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Zé Andrade


[José Andrade Santos]
22 de janeiro de 1952
Ubaíra - BA


O trabalho de Zé Andrade procede uma releitura dos ceramistas (em barro) clássicos do nordeste como, por exemplo, o Mestre Noza.


Suas escultura têm em média 12 cm e são caricaturas de figuras públicas de destaque. O próprio autor declara: "são caricaturas em três dimensões".


Andrade acrescentou a cultura popular uma dose de sofisticação, se especializando em registrar as personalidades nacionais e internacionais, principalmente as relacionadas à cultura como poetas, escritores, músicos, artistas plásticas, entre outros. Mas também reproduz ícones da ciência, política e história.





"Augusto dos Anjos"
Exposição "Na palma da minha mão"
CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil - RJ
De 12 /out a 16/dez/12



Nascido na Bahia, seu ateliê está localizado no bairro carioca de Santa Teresa. Veio para o Rio com 20 anos e atua há mais de quarenta anos como escultor.

Alguns destaques de seu trabalho são o poeta Paribano Augusto dos Anjos, segurando o seu livro "Eu", clássico da literaturqa moderna, e o romancista Lima Barreto, que contrariou todos os cânones da época criando uma literatura que é ainda será atual por muitas décadas.






"Lima Barreto"
Exposição "Na palma da minha mão"
CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil - RJ
De 12 /out a 16/dez/12




"Nelson Rodrigues"
Exposição "Na palma da minha mão"
CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil - RJ
De 12 /out a 16/dez/12

Com três assistentes, Andrade trabalha incialmente o barro em natura, e depois realiza a queima e a pintura. Veja na foto abaixo um exemplo de forma de molde do ceramista.

 
Exposição "Na palma da minha mão"
CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil - RJ
De 12 /out a 16/dez/12


Seu trabalho já recebeu a exótica descrição como título de reportagem: Os gnomos moderno de Zé de Andrade.

Por Álvaro Nassaralla
 

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Humanidades
Por Zé Andrade


"Quando criança eu tinha medos. A noite chegava, o sono não vinha, o escuro me amedrontava. Para espantar o pavor, uma tia me apresentou Monteiro Lobato. Seus heróis me fizeram companhia. Foi fácil seguir o fio da meada e atravessar a longa jornada noite adentro.

Minhas mãos surpreendiam, criavam coisas que não havia aprendido, mas que sabia fazer. Elas, as minhas mãos, me contavam histórias...





"Cartola"
O barro é parte das mitologias. Na gênese cristã, judaica, grega e de outros povos, elas também estão presente.

Humanidade vem de húmus, terra fértil, boa para o plantio.

Prometeu, herói mitológico que nos fez do barro, vendo as criaturas indolentes, sem vida, sem alma, resolveu desafiar os deuses e roubar um bem precioso: o fogo, privilégio exclusivo deles. Por essa ousadia foi punido.

As figuras aqui retratadas são o próprio fogo, transformador por tudo que criaram. Elas representam faróis ou velas acesas na escuridão".

Zé Andrade
Outono de 2009

Fonte:
http://www.zeandrade.com/html/portal_sandre1.html#textoze

EXPOSIÇÕES do artista até 1994

Veja a Biografia

Veja o Site do Zé de Andrade.

Veja também Matéria na Revista Galileu.
Por Cláudio Fragata Lopes


sábado, 27 de outubro de 2012

Erivana D´arc


Juazeiro da Norte - Ceará

Amante das artes visuais, culturas regionais atuais e históricas, xilógrafa, graduando em Biblioteconomia e ciência da informação - UFC Cariri. 

“O Caldeirão! A esperança de um povo...”

Exposição "Meu Padinho Padre Cícero"
Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas - RJ
Foto: Álvaro Nassaralla



OBS: Por não ser permitido usar flash nas fotografias, a imagem acima está sem qualidade. Mas recortamos uma a uma, as 12 xilogravuras e demos um tratamento para melhorar, dentro do possível, a visualização dos nossos leitores.



Registramos a obra “O Caldeirão! A esperança de um povo...” na exposição "Meu Padinho Padre Cícero: Em cada casa um oratório, em cada quintal uma oficina" .

"O Caldeirão!" é composto por 12 xilogravuras, foi concluído em 1999 e narra a saga de um povo sofrido e lutador, em busca de dias melhores.
 
O personagem principal é o beato José Lourenço tanto que o albúm abre com a xilogravura abaixo:





"A chegada de Jose Lourenço em Juazeiro do Norte"
 

De cunho socialista, a autora diz que essa primeira peça mostra José Lourenço sendo orientado por Padre Cícero a ajudar os menos favorecidos. 
 
A seguir, a saga narra a luta contra os donos do poder e todos os desdobramentos na busca de uma vida melhor e mais justa.
 
No blog da autora (Erivana D’Arc), os títulos das 12 xilogravuras são:

*A chegada de Jose Lourenço em Juazeiro do Norte;

*O conselho do Padre Cícero, arrendamento do sitio Baixa D’Anta;

*O presente do padre Cícero o boi Mansinho;

*A venda do sitio Baixa D’Anta, a ultima reunião;

*A propriedade do Padre Cícero, o Caldeirão;

*Terra de fartura e da promissão;

*Labor e oração;

*A seca de 1932, no Caldeirão encontro de refúgio;

*Morte do Padre Cícero, reivindicação dos padres salesianos;

*Planos de ataques;

*Invasão, massacres e centenas de mortos;

*Túmulo do Beato José Lourenço em Juazeiro do Norte.






 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 

Veja o post da Erivana D´arc com todas as explicações da obra.

 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Nilson de Viçosa


[José Nilson Barbosa]
Palmeira dos Índios - AL - 1966


Exerce a profissão de policial militar

O escultor e mestre-artesão alagoano conhecido como Nilson de Viçosa começou a trabalhar no início dos anos 90, como desenhista. Porém, sentiu-se logo atraído pela madeira.




Nilson de Viçosa
na Galeria Brasiliana
Retratando muito das profissões do nosso povo, como por exemplo, vendedor de galinhas, fotógrafos lambe-lambe, jogadores de futebol, ainda assim não deixa de lado uma característica marcante da arte naif: a religiosidade. Esculpe São Franciscos, Frades e a figura emblemática do nordeste brasileiro, o Padinho Padre Cícero.

Tanto assim que quando cobrimos a exposição "Meu Padinho Padre Cícero: Em cada casa um oratório, em cada quintal uma oficina", realizada esse ano no Pavilhão de São Cristóvão - RJ, encontramos suas esculturas do "Padin".


"Padre Cícero descansando na rede"
Madeira pintada e tecido


"Exposição "Meu Padinho Padre Cícero"
Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas - RJ
Foto: Álvaro Nassaralla

"Devota"
Madeira pintada e tecido


Exposição "Meu Padinho Padre Cícero"
Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas - RJ
Foto: Álvaro Nassaralla


Madeira pintada e tecido

Exposição "Meu Padinho Padre Cícero"
Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas - RJ
Foto: Álvaro Nassaralla

 
 
Texto, imagens e postagem: Álvaro Nassaralla

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A arte naif de J. Araujo a serviço da educação

Ficamos felizes em divulgar que a Editora Pearson publicou um livro destinado aos alunos da 1ª série do ensino fundamental, no qual a arte naif de J. Araujo funciona como um instrumento de potencialização do aprendizado através de suas ilustrações. 

Quando a editora localizou obras do J. Araujo no nosso blog para ilustrar o material da disciplina Ciências Sociais, tivemos o prazer de enviar o contato do artista.

Parabenizamos ambos, artista e editora. O primeiro, por sua internacionalmente reconhecida arte. E a  editora, por sua dedicação e sensibilidade de incluir a arte naif nos livros escolares, ainda mais em se tratando do ensino fundamental.

E quando dizemos fundamental, a palavra toma sua conotação mais completa na união Criança-Futuro-Arte-Século 21!
 
O resultado está aí:


 
 
 


Outras Leituras – grupo 08 – 1º ano do ensino fundamental – disciplina de Ciências Sociais.
Editora Pearson
 
Conheça, também, o artista e seu trabalho: J.Araujo

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Diomar das Véias

[Diomar Freitas Dantas]
Acopiara - CE

Sou um artista. Faço esculturas em madeira. Moro em Juazeiro do Norte e trabalho no Centro de Cultura Popular Mestre Noza. Sou mais conhecido como "Diomar das Veias": assim me chamam porque gosto de esculpir mulheres. Meu trabalho está à venda em galerias de arte popular de todo o Brasil. Aceito encomendas de trabalhos.

Fonte: Blog do Diomar:
http://diomardasveias.blogspot.com.br/





Exposição "Meu Padinho Padre Cícero"
Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas - RJ
Foto: Álvaro Nassaralla
 


"Sem título"
 Óleo sobre tela
Acervo Museu Afro Brasil
 Foto: Álvaro Nassaralla




 
 
 
Foto: Blog do Diomar
 
 
 
O Homem das Velhas
Por Gustavo Abreu


Beatas, rendeiras, rezadeiras, mulheres com menino nos braços, zangadas, alegres: “Eu procuro representar as velhas nordestinas de todas as maneiras”, conta o escultor Diomar Freitas Dantas, ou Diomar Das Velhas. “Esse apelido, (os clientes) me colocaram por causa das velhas que eu faço de madeira”.
 
Ele é conhecido no Brasil, em alguns países da Europa e nos Estados Unidos pela habilidade de transformar uma arvorezinha difícil e esgalhada – a imburana – em grupos
de senhoras nordestinas. E é neste ponto que mora a peculiaridade das esculturas desse artesão de 37 anos de idade e muito bom de prosa.

Veja a continuação:
http://www.centrocape.org.br/revista/arquivos/9Edicao.pdf

Revista Brasil Feito a Mão - Instituto Centro Cape e Central Mãos de Minas - Abril de 2010
 
 
 
Veja também:


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Helena Coelho e o Dia das Crianças

Por Álvaro Nassaralla

O naif de Helena Coelho tem, sem sombra de dúvida, muita luz. Em sua pintura, qualquer que seja o tema, encontramos iluminação em uma paleta de cores abertas.

No quadro abaixo, em homenagem ao Dia das Crianças (12 de outubro), fica evidente esse tipo de observação. Aliás, será que quando somos criança as cores são mais vibrantes ou se trata apenas de uma falha de minha memória?

Fica a pergunta e a beleza do trabalho de helena Coelho.