segunda-feira, 30 de julho de 2012

Agostinho Batista


Agostinho Batista de Freitas
Nasceu em Paulínia - SP
(1927 - 1997)

Pintor e desenhista.

Começou a pintar na década de 1950, e foi descoberto no ano seguinte por
Pietro Maria Bardi, quando vendia suas obras na Praça dos Correios em São Paulo.

Bardi organizou uma individual do artista no
MASP, exposição essa que foi apresentada também em outros museus importantes do Brasil.


"São Paulo Noturna"
79 x 120 cm
1991

Considerada como um naif clássico, Agostinho pintou principalmente paisagens urbanas. Segundo Roberto Rigiero (*), o pintor é o artista naif de obra mais consistente "utilizando a iconografia de uma cidade".


"O trem"
50cm x 69cm
Óleo s/ tela
1989

Mas o artista também pintou cenas rurais como em "O trem" (imagem em cima), como uma luz alaranjada de poente sobre a vegetação e a fumaça do vagão dando dinâmica e ajudando a compor a perspectiva do cenário.


(*) Fonte: Roberto Rugiero - Postado em: Galeria Brasiliana

"Vista de São Paulo"
88 cm x 109 cm
Acrílico sobre tela

Biografia

Atua como eletricista quando, por volta de 1950, inicia-se na pintura como artista autodidata.

Vende seus trabalhos na Praça do Correio, em São Paulo, onde é descoberto por Pietro Maria Bardi, que encomenda-lhe um registro da vista panorâmica da cidade, observada do alto do edifício do Banco do Estado de São Paulo, e que, em 1952, organiza sua primeira exposição individual, no Museu de Arte de São Paulo.

50 cm x 70 cm
1984

Aspectos da paisagem urbana paulistana são temas recorrentes na sua produção.

Participa das exposições:

- Bienal de Veneza, Itália, 1966;

- 19 Brazilian Primitives, mostra itinerante, Estados Unidos, 1975;

- Arte no Brasil: uma história de cinco séculos, no Masp, São Paulo, 1979;

- O Mundo de Mário Schenberg, na Casa das Rosas, São Paulo, 1996.

"Avenida Vinte e Três de Maio"

50 cm x 70 cm

Óleo sobre tela
1984

Após sua morte, suas obras figuram na Iconografia Paulistana em Coleções Particulares, no Museu da Casa Brasileira, São Paulo, 1999; na Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Arte Popular, na Fundação Bienal, São Paulo, 2000; entre outras exposições

Fonte: Itaú Cultural Atualizado 03/02/2004

Postado em:
www.galeriaabaporu.com.br/artista-165-AGOSTINHO-BATISTA


"Estação de Trem Santa Rosa"
107 x 199 cm


Exposições Individuais


- 1952 Modern Art Museum of Sao Paulo, Sao Paulo
- 1952 Modern Art Museum of Bahia, Brazil
- 1952 Modern Art Museum of Salvador, Brazil
- 1952 Campinas Museum of Contemporary Art, Brazil
- 1966 Museum of Modern Art, Rio de Janeiro
- 1978 Art Center, Sao Paulo
- 1980 Paulo Figueiredo Art Gallery, Sao Paulo
- 1985 Jose Duarte de Aguiar and Ricardo Camargo Art Gallery, Sao Paulo
- 1987 Museu de Sol, Penapolis, Brazil


Exposições Coletivas

- 1966 "Venice Biennial", "The Artist and the Machine", Museum of Modern Art, Rio de Janeiro
- 1966 Museum of Modern Art, Rio de Janeiro
- 1974 Eletroradiobras de Pinheiros, Sao Paulo
- 1979 Modern Art Museum of Sao Paulo, Sao Paulo
- 1980 National Institute of Fine Arts, Carrilo Gil Museum, Mexico City
- 1984 Museum of Art, Goiana
- 1988 Pinacoteca do Estado, Sao Paulo
- 1994 Jacques Ardies Gallery, Sao Paulo
- 1995 Fieo, Osasco, Sao Paulo
- 1996 Fieo, Osasco, Sao Paulo
- 1996 Casa de Rosas, Sao Paulo
- 2003 “The Naïve World”, GINA Gallery of International Naïve Art, Tel Aviv


Bibliografia


- “Dicionario de Artes Plasticas no Brasil”, Roberto Pontual, 1969, Rio de Janeiro

- “Historia da Arte Brasileira”, Pietro Maria Bardi, 1975, Sao Paulo

- “Dicionario Brasileiro de Artistas Plasticos”, Carlos Cavalcanti, 1976-1980, Brasilia

- “L’arche de Noe et Les Naifs”, Louis Pauwels, 1977, Paris

-  “Aspects of Brazilian Primitive Painting”, Aquino de Flavio, 1978, Rio de Janeiro

- “Colecao de Arte Brasileira”, Joao Marino, 1983, Sao Paulo

- “Dicionario Critico da Pintura no Brasil”, Jose Roberto Leite, 1988, Rio de Janeiro

- “Pensando a Arte”, Mario Schenberg, 1988, Sao Paulo

- “Naïve Art in Brazil”, Jacques Ardies, 1998, Sao Paulo 



"Viaduto de Santa Efigênia"
Óleo sobre tela
63 x 48 cm

Acervo Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP)
Reprodução Fotográfica Autoria Desconhecida

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Bajado (Euclides Francisco Amâncio)


Foto: Acervo O Nordeste.com.br
Bajado


[Euclides Francisco Amâncio]


1912 - Maraial - PE
1996 - Olinda - PE



Euclides Francisco Amâncio, conhecido mundialmente pelo nome artístico Bajado, deixou Maraial ainda criança para morar em Catende, ambos municípios em Pernambuco.

Na nova cidade, começou a pintar cartazes de filmes de faroeste ainda adolescente.




"Carnaval na Ribeira"
Pintura sobre madeira
88 x 120 cm
1980
Fonte: Educativo Pavilhão


No começo da década de 30 mudou-se para Recife, ocupando o emprego de letreirista e operador de máquina do Cine Olinda até 1950.

Em 1964, Bajado inaugura o Movimento de Arte da Ribeira, junto a um grupo de artistas olindenses, onde passa a expor seus quadros e reside em linda até seu falecimento em 1996.


Em 1984/1985 é produzido o filme "Bajado - Um Artista de Olinda". O site www.cinemapernambucano.com.br descreve a seguinte ficha técnica do filme:



"BAJADO: UM ARTISTA DE OLINDA"

Direção: Sany Lafon Pádua
12 min / 1985 / Colorido / 16mm

Sinopse: Vida e obra do pintor popular Bajado, entrevistas com Gilberto Freyre e João Câmara, cenas do cotidiano da cidade que sempre o inspirou.


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Bajado, um artista de Olinda


Publicado em:
http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Bajado&ltr=b&id_perso=560

Regina Coeli Vieira Machado
Servidora da Fundação Joaquim Nabuco
pesquisaescolar@fundaj.gov.br


Euclides Francisco Amâncio, artista plástico, chargista, letreirista, cartazista, pintor de quadros e murais, conhecido mundialmente como Bajado, nasceu no dia 9 de dezembro de 1912, no município de Maraial, no Estado de Pernambuco.

O apelido Bajado surgiu na infância por causa de uma brincadeira, durante um jogo de bicho, seu passatempo preferido.






Bajado mudou-se para Catende, outro município pernambucano, ainda adolescente, indo trabalhar como ajudante e pintor de cartazes de filmes de faroeste, onde ficou até 1930.

Quatro anos depois, foi morar no Recife, onde arranjou um emprego como letreirista de cartazes e operador de máquina do Cine Olinda, função que exerceu até 1950.

Nas horas vagas pintava letreiros, fachadas e interiores de lojas comerciais, restaurantes e botequins, ornamentando-os com figuras ou compondo painéis e quadros.

O artista prestou uma grande homenagem ao bloco carnavalesco Donzelinhos dos Milagres que estava encerrando, para sempre, os seus festejos de carnaval, pintando na parede de sua sede os versos: "O mar que levou a praia, levou também Donzelinhos."

O gosto pela arte se manifestou quando Bajado retratou os clubes carnavalescos de Olinda, Pernambuco, Pitombeira dos Quatro Cantos, Elefante, O Homem da Meia-Noite, Cariri, Vassourinhas, assim como o frevo rasgado na Ribeira, Largo do Amparo, Varadouro, Praça do Carmo.

Em 1964, junto com alguns amigos de profissão, inaugurou o Movimento de Arte da Ribeira, em Olinda, onde passou a expor seus trabalhos.

Dentre uma mistura de cores e tintas, Bajado foi capaz de reproduzir inúmeras telas sobre a vida cotidiana, o sofrimento, as emoções e a cultura do povo pernambucano.

O artista possuía um temperamento calmo e brincalhão. Fluiu na arte, com a simplicidade de um homem humilde. Era considerado um artista primitivo, inserido no estilo da arte contemporânea.


Sua tendência artística era a liberdade de estética, comum na arte moderna, e suas obras retratavam tanto os folguedos carnavalescos, como também reverenciavam políticos e personalidades ilustres da sociedade pernambucana: Agamenon Magalhães, o presidente Jânio Quadros, o general Teixeira Lott, entre outros.

Na década de 1970, um turista italiano, Giuseppe Baccaro, ao ver as suas pinturas e quadros a óleo expostos nas residências e estabelecimentos comerciais de Olinda, ficou impressionado diante do primitivismo artístico do pintor que assinava da seguinte maneira as suas obras: "Bajado um artista de Olinda". Contactando-o, lançou-se como divulgador e administrador dos seus trabalhos.

Em decorrência disso, alguns meses depois, começaram a aparecer as suas primeiras exposições e mostras no Recife, na Casa da Cultura, na Fundação Joaquim Nabuco, na Caixa Econômica Federal, no Lions Club, no Cabanga Iate Clube.

Novas oportunidades continuaram a surgir, desta vez para o artista expor em outras capitais brasileiras como o Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. Do exterior, Bajado recebeu vários convites para ir apresentar as suas obras. Neste sentido, iniciou pela França uma maratona artística, passando pela Itália, Espanha, Holanda e Tchecoslováquia, atual República Tcheca.

Em 1994, no limiar dos 80 anos, Bajado foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais.

Contido, apesar da sua fama e do seu talento artístico, ele sempre viveu humildemente. Tinha como o maior prazer da vida a expressão da sua arte primitiva, a alegria do seu povo.

Bajado passou seus últimos dias assistindo filmes antigos na televisão e recordando as peripécias da sua mocidade. O artista plástico, faleceu em 1996, aos 84 anos de idade, em sua residência localizada na Rua do Amparo, nº 186, Olinda, imóvel este que lhe foi doado por Baccaro, o seu marchand italiano.


Recife, 17 de novembro de 2003.
(Atualizado em 21 de agosto de 2009).



FONTES CONSULTADAS:


HOMEM, Selênio. Pureza na arte e na vida. Diario de Pernambuco, Recife, 10 jul. 1994. Caderno Viver, p. D-1.

MOURA, Ivana. Bajado: há 77 anos amando o futebol, o carnaval e o povo. Diario de Pernambuco, Recife, 3 abr. 1990. Caderno Viver, p. D-1.


COMO CITAR ESTE TEXTO:


Fonte: MACHADO, Regina Coeli Vieira. Bajado. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br>. Acesso em: dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009.

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OUTROS ARTIGOS


Bajado, o maior cronista de Olinda
Marco Albertim

Bajado – “Um Artista de Olinda” (Parte I)
Aline Berto


Bajado - "O Artista de Olinda" (Parte II)

Luiz Berto
 




Desfile Escolar - Elisa Martins da Silveira

"Desfile Escolar"
Óleo s/ tela
98 x 21 cm
1959
(Acervo IIAN)

“Quero um padre, quero as moças, quero um soldado, quero um cavalo”, dizia o pequeno José Augusto para sua tia – e ao mesmo tempo mãe  – Elisa Martins da Silveira. A artista, então, criou a obra “Desfile escolar” imaginada por seu sobrinho com então 4 anos de idade.


Nessa obra, Elisa Silveira ainda incluiu uma menina que se chamava Junia, já que ‘encasquetaram’ que o pequeno Zé gostava da menina com esse nome.

Ainda criança , José Augusto Silveira teve o privilégio de crescer convivendo com uma artista desse porte pintando em casa.


Elisa, falecida em 2001, é uma das mais reconhecidas artistas naif tanto nacional, quanto internacionalmente.

A obra faz parte do acervo do IIAN.

Saiba mais da artista.


Texto: Alvaro Nassaralla



 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Cecílio Vera


[Cecílio Vera dos Santos]
22 de Novembro de 1958



Nasceu em Amambai - MS
Vive em Campo grande - MS


"Cecílio Vera começou a pintar em 1984. Já foi premiado em várias exposições, entre elas, num concurso do aniversário de 112 anos da capital, no mês de agosto. No Armazém Cultura, ele concorreu com obras no setor do meio ambiente (o lixo e a poluição dos rios).

"Vera também participa todos os anos da Bienal Naif de Piracicaba, no interior paulista. Por lá se concentra um tipo de 'pólo' desta técnica. "Para conseguir expor lá, o artista tem se classificar, tem que passar por uma grande seleção", contou Cecílio.

"Justiça e paz"
Óleo s/ tela
40 x 60cm
(Obra selecionada para a Bienal de Arte Naif)


"É a chamada arte popular ingênua, livre de regras. Usamos um talento que não segue determinadas técnicas específicas. A gente geralmente pinta o que tá em volta da gente, ou que vivemos no passado também", explicou o artista.



"A palavra Naif é de origem francesa e quer dizer 'ingênua' ou 'primitiva'. "A gente não se preocupa em fazer tudo certinho, tudo sob medida. Pensamos numa situação e colocamos na tela, seja a óleo ou acrílico, com muita liberdade nos traços", disse Cecílio Vera.

Fonte: 
http://catalogodasartes.com.br/Detalhar_Noticias.asp?id=4952


 

Arte naif brasileira

"Animalidade"
José Augusto Silveira



A arte naif brasileira tem destaque no mundo por ser representante de uma vasta diversidade cultural.

Realmente, de norte a sul, dentro de nossas dimensões continentais temos uma variedade de culturas e costumes regionais, além de um folclore riquíssimo, senão o mais rico do mundo.

Por isso acredito que a nossa verdadeira riqueza está no nosso povo, um povo resiliente, esperançoso, alegre, e que sabe viver.



Sempre buscamos justificativas culturais externas quando na verdade temos uma das principais artes naifs do mundo, vindas diretamente da origem popular.

Na arte naif, artistas brasileiros são criativos e a variação de estilos é impressionante.

Defendo que a marca "Arte Naif Brasil" deve ser levada em consideração quando da implementação de projetos culturais federais, e não apenas locais ou regionais.

A integração das diversas expressões e regionalidades está fortamente marcada nesse tipo de arte, podendo-se ver claramente a variedade de nossa cultura nacional através das obras naif.

Da zona rural, passando pelas pequenas cidades, até às metrópoles como São Paul e Rio de Janeiro, os artistas expressam seus sentimentos e colocam criativamente suas visões de mundo acerca da realidade vivida.

O Instituto Internacional de Arte Naif busca mostrar e divulgar essa diversidade. Acreditamos que só assim poderemos alavancar vários artistas a um novo patamar de reconhecimento, o que é  mais que merecido.

O mundo globalizado precisa tratar as culturas regionais com mais respeito, já que elas não foram construídas de uma hora para outra. São, sim, fruto de gerações e gerações de vivências e vencimento de obstáculos.

O progresso viável para o século 21 passa necessariamente pelo valor à vida que a arte tem para dar e ser caminho para avançarmos na espiritualidade.

Texto: Álvaro Nassaralla

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cristiano Sidoti mostra a beleza e as contradições de São Paulo


Cristiano Sidoti é um multiprofissional na área gráfica: arquiteto, fotógrafo, diretor cinematográfico, desenhista e pintor.

Nascido em 1976, na cidade de São Paulo, o artista tem a sua cidade natal como amior fonte de inspiração. Seu olhar de arquiteto somado a sensibilidade artística lhe permite ver São Paulo como um espaço de grandes contradições urbanísticas.


"Zona Sul"



Detalhe da tela "Zona Sul"


Detalhe da tela "Zona Sul"


Por exemplo, na tela acima, intitulada "Zona Sul", vemos as diferenças sociais e o crescimento desordenado da cidade.


Sidoti diz que essa obra mostra muito a relação entre periferia e centro nas grandes cidades do Brasil. Aliás, segundo o artista, um dos grandes temas do seu trabalho é o urbanismo espontâneo: "Tem muito disso no meu trabalho".

A vida urbana é realmente o universo da pintura de Cristiano. Na tela abaixo, ele retrata os "operários da construção civil descansando, cena habitual nesse Brasil da nova economia e da oportunidade". A obra chama-se "Depois do almoço".



"Depois do almoço"


Detalhe da tela "Depois do almoço"



Detalhe da tela "Depois do almoço"


Detalhe da tela "Depois do almoço"


Já em "Madrugada", temos um belíssimo céu com lua cheia, sem esconder a nuvem de poluição vista acima da linha dos prédios. Podemos destacar as vias intercruzando-se como uma representação do tamanho da diversidade encontrada em São Paulo.

"Madrugada"
50x70 cm

A tela "Noite Paulistana" foi incluída no Calendário Basf de 2008. Ela representa a vida noturna da maior cidade do Brasil, com as luzes dos apartametnos acesas e o intenso tráfego de automóveis. O boletim da Basf dá destaque para a obra e traz a seguinte descrição:

 

"A obra “Noite Paulistana”, de Cristiano Sidoti, trouxe um diferencial nos quase 40 anos de história dos calendários BASF: pe la primeira vez era retratado um momento da vida na grande cidade".



"Noite Paulistana"


As obras de Sidoti podem ser encontradas na Galeria Jacques Ardies - SP.


Conheça mais do artista Sidoti Aqui.

Texto: Álvaro Nassaralla

sábado, 21 de julho de 2012

A infância e a riqueza emocional de um artista naif



A riqueza emocional de um artista vem em gande parte de suas vivências e, muitas delas, no período da infância.



Ronaldo Mendes descreve muito bem o que viveu quado criança e é perceptível como isso influencia em sua obra. Ele fala:

‎"...eu ia em parques, circos quando menino de periferia, eu tinha a sorte de morar perto de terrenos livres onde sempre se formavam circos e parques... aquele lugar onde pastavam alguns animais de repente virava um Circo...


Eram gigantes, coloridos parecia uma nave aos olhos de uma criança.

Eram rodeados de lâmpadas que formavam seu contorno.

Eles nao o cercavam. Podíamos passear pelo acampamento e as vezes até ajudar em alguma coisa como, por exemplo, certa vez que eu segurei o espelho para um palhaço se ver... pois é, isso me aconteceu! Ele se olhou, se virou ainda meio sério e, de repente, um brilho em seu olhar o fez mudar totalmente de personalidade. Aquela cara cansada, preocupada, deu lugar a um verdadeiro palhaço... Ele então rodou e disse em tom de deboche: larga isso menino e venha assistir ao espetáculo, você é meu covidado... quase morri de alegria!"















Conheça mais o Ronaldo Mendes.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

" Copain" = Copan+Chopin


 
São Paulo é uma cidade referência em vida noturna. Por isso, selecionamos três telas naif noturnas da cidade.


"Copain" = Copan+Chopin


Se o naif é em grande parte representado pelas cenas do nosso folclore, religiosidade ou cenas rurais, Cristiono Sidoti inova pintando paisagens iminentemente urbanas da capital paulista.

Na tela acima, o artista se utiliza de um ponto tradicional do centro antigo da cidade.
Segundo Sidoti, a tela representa "uma Sampa soturna com trilha de noturnos de Chopin". O prédio maior é o famoso Copan. Daí o trocadilho que o autor fez para o título da tela: "Copain" = Copan+Chopin.
 


Pamplona

Na tela chamada "Pamplona" (imagem acima), nome da rua paulistana, o destaque é para o prédio em formato de vela de barco (azul e amarelo), centralizado, chamando o foco da atenção para ele.


Os carros, em contraste com os imponentes prédios, formam uma belo contraste, atribuido o dinamismo tão característico do cenário urbano.


Na tela abaixo, Cristiano retrata o bairro paulistano tradicional da Barra Funda.





Veja o perfil de Cristiano Sidoti aqui.


Texto: Álvaro Nassaralla

quinta-feira, 19 de julho de 2012

São Jorge em madeira com capacete coberto em lata

Quando achamos que já conhecemos um artista é que ele se reinventa!

Além de diariamente postar lindas telas nas mídias sociais, superando-se, Ronaldo Mendes ainda fez essa escultura de extrema originalidade.

Trata-se de um São Jorge em madeira (cedro) com capacete coberto em lata. Observe que no verso da escultura constam o cavalo do Santo e o dragão com quem ele lutou.




A madeira tem vários trechos encobertos de pedaços de lata, pregados com pregos.

 

Conheça melhor Ronaldo Mendes.


Texto: Álvaro Nassaralla

A religiosidade na arte naif



Convento da Penha (Vitoria - ES)
Ronaldo Mendes





São Francisco





Exposição de Presépios - Jardim de Allah - RJ (2011)
Ermelinda de Almeida






Lupita Protetora
Rogério Fernandes


 
O Batizado






Iemanjá
30 X 40cm
Conceição Silva




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André Cunha

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